sexta-feira, 14 de julho de 2017

Quem fui eu para ti?

Já não dá.
Eu não estou a aguentar.
Sempre sorri sem motivos para o fazer, e não é que isso tenha mudado mas, sem ti, eu, sem querer, mostro o quanto o meu coração está destroçado.
Cada vez demonstro mais esta saudade, esta dor, esta angústia.
Tu estás tão longe, e as memórias estão tão perto.
Destruíste-me por completo e nem notaste.
Tu estás tão bem, esse teu sorriso cada vez brilha mais, as tuas loucuras não mudam, tu não mudas, isto não teve o mesmo impacto em ti como teve em mim, pois não?
Eu não posso ser egoísta e contar-te o quanto estou mal por te ver bem, tu mereces ser feliz, mas porra! Eu não signifiquei nada para ti? Fui mais uma pessoa banal que passou pela tua vida e nem deste conta que por lá passei? Quem fui eu para ti?
Eu não quero viver assim! Eu tenho medo de nunca conseguir tirar-te por completo do meu coração e da minha cabeça, porque da minha vida... Essa, tu já de lá saís-te á muito tempo, por tua vontade própria, e no momento em que tu saís-te ficou um vazio, um vazio na minha vida, um vazio em mim, a minha vida ficou incompleta, eu fiquei incompleta... Sem ti.

A nossa história não ficou a meio, porque nem a metade chegámos, não chegámos a cumprir todos os nossos planos, objetivos e sonhos... Na verdade, acho que não cheguei a ser nada para ti.

Eu agradeço-te tanto por todos os dias que tivemos, os bons os maus... Agradeço-te pelas memórias espalhadas pelo meu quarto, já sorri tanto por elas, mas hoje choro e nem preciso que elas me lembrem que tu já não estás mais comigo.
Às vezes ainda penso; mentiste-me? Mentiste quando disseste que eu era tudo para ti? Ou eu cheguei a significar algo? Mas se signifiquei, como seguiste em frente tão facilmente? Sem mim...?
Tu ainda choras por nós? Ou chegaste alguma vez a ficar sem forças por te teres lembrado de mim?
É que eu já perdi todas as forças que tinha... Oh, lembraste quando dizias que eu tinha imensa força? Que eu aguentava tudo? Onde está essa força agora? Não a encontro, e eu preciso tanto de vestir essa armadura agora...
Tu destruíste-me e continuas a destruir-me, pouco a pouco eu vou morrendo mais um pouco por ti, e pouco a pouco tu vais-me esquecendo.
Eu posso ir morrendo por ti, tudo isto custa, tudo sobre ti me magoa, mas prefiro esta dor de não te ter, do que a dor de te ter e ser traída de novo.
Traís-te a minha confiança, o meu estado de espírito, a nossa amizade, traíste-te.
Tu traís-te a tua palavra... Mas, desculpa, desculpa por te estar a acusar, eu tenho culpa. Já passou demasiado tempo para eu relembrar isto agora, já passou demasiado tempo para eu ainda estar tão agarrada a ti, a nós, a isto.

Nós já não somos nada, e desconfio se alguma vez chegámos a ser algo.