sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Mistura de sentimentos

A verdade é que não me sais da cabeça.
Por tantas mentiras por aí ouvidas, a pior delas foi quando eu disse que estava bem sem ti, que já tinha ultrapassado.
Já passaram meses e tu ainda és a minha maior alegria, o meu maior orgulho, mas também a minha maior dor, a minha maior mágoa.
Poderia eu prever que um dia me ias deixar?
Pedi-te tantas vezes para nunca seguires a tua vida sem mim, mas tu seguiste, e por mais que isso me deixe sem forças para continuar, eu reconheço que foi a melhor coisa que fizeste, é mais fácil para mim conviver com a tristeza do que com o egoísmo e a culpa de te teres prendido a mim.
Quantas vezes eu não gostaria de ter sido a tua maior prioridade, o teu maior orgulho, o teu porto de abrigo... E quantas vezes eu não preferia que discutisses comigo do que me difamares ás tuas "amigas"? Essas amigas pelas quais tu procuras hoje, aquelas que tu pensas que te ajudam e que estão sempre presentes na tua vida, mas mal tu sabes, mal tu sabes... Gostava de um dia ter a oportunidade de te contar, mas desconfio que não queiras ouvir.
Mas o pior desta mistura de sentimentos é que eu não consigo olhar para uma foto nossa sem chorar, ao lembrar-me de todos aqueles dias de felicidade, todos aqueles momentos que vivemos e ninguém sabe, mal sabia eu naquela altura que um dia estaria assim por tua causa, como pudeste proporcionar-me momentos tão bons para agora me fazeres chorar desta maneira?
Eu consigo desculpar-te tanta coisa, mas a mim... A mim eu não me perdoo, ainda hoje podias estar comigo se eu não tivesse iniciado aquela discussão, se eu não tivesse enviado aquela mensagem, se eu não te tivesse virado as costas, mas  e se simplesmente eu não te conhecesse? Estaria melhor agora?
Tu ensinaste-me tanto, mas fizeste-me lidar com a pior das dores que existe; perder-te, e perder-te foi pior do que se não te tivesse conhecido.
Eu vivi as maiores loucuras contigo, fiz asneiras que sozinha seria incapaz, fiz contigo tudo o que seria impossível sozinha ou com outra pessoa qualquer.
Todos os dias eu gostava de poder dizer-te um simples "olá" mas apenas faço por te dizer "adeus" constantemente na minha cabeça, aliás, eu tento dizê-los, tento tirar-te da minha cabeça, mas a verdade é que fazes por não sair de lá.
Este sentimento cada vez me tortura mais, atormenta-me todas as noites, todas as manhãs, todos os momentos do dia, estás sempre presente por onde passo, mas não estás mais comigo.