quinta-feira, 19 de março de 2020

"Ódio ou Amor?"

Não sei se te odeio,
Ou se odeio
Aquilo que por ti
Ainda sinto.

Gostava de não sentir
Aquilo que me destrói a cabeça.
Gostava de conseguir não dizer...
Não dizer que te odeio,
Porque não é verdade.

Melhor pensar
No mal que me fizeste,
Do que lembrar-me do quanto felizes fomos.

Melhor tentar odiar-te,
Do que saber que ainda te amo.

"O Direito Da Paz"


Paz,
Tudo o que queria ter,
Tudo o que queria ser.

Repleta de paz queria estar,
Não de violência, bullying ou ameaças.

Tenho o direito ao ensino,
Tenho o direito de voto,
Tenho direito a tudo,
A tudo, menos à paz…

O quanto eu gostava de saber
Quando a paz não quis mais viver.
Por onde começou a sua morte?!

A paz é um direito,
Porque é que nos tiraram isso?!
Como é que nos tiraram isso?!
Em que braços é que morreu a paz?!

Não levantem os braços,
Não apontem dedos.
Usemos é a nossa voz,
A nossa coragem e força de lutar,
Para o direito da paz ressuscitar!

"Nada é Tudo"


Do nada surgiste
E, desse nada,
Surgiu tudo.

Tu surgiste,
Tu tudo mudaste.

Do nada surgiste,
Mas esse nada…
Esse nada parecia intemporal.
É como se já te conhecesse,
Até desde o tempo
Em que nem sabia sequer,
O que eram os sentimentos,
Especialmente o amor. 

Tinhas todos os motivos para ir,
Todos os motivos para te afastares,
Mas decidiste ficar...
Tu permaneceste,
E foi apenas isso,
Esse teu nada tudo
Que me fez apaixonar-me por ti.

"Nós e os sentidos"

Sentidos, sensações, sentimentos…
Semelhança?!

Tão invisíveis,
Tão distantes e imperceptíveis…
Mas não são só tão próximos,
Como, também, são parte de nós.

Sentidos?!
Todos possuímos cinco sentidos,
E mesmo quem não possua,
Sente aquelas sensações inexplicáveis:
O vento que não se vê,
As atitudes que não se ouvem,
A escrita que não se fala…

Serão só cinco sentidos?!
E se não forem?!
E são apenas sensações,
Tudo o que for sentido?!
Pois… Sentimento.

O vento que não se vê
Levar-nos-á, possivelmente, à tristeza.
As atitudes que não se ouvem
Podem levar à depressão.
A escrita que não se fala
Pode levar ao fim da escrita.

"Oh mar!"


Oh mar!
Oh mar… tão invejoso e tão cruel!
Tão invejoso e cruel,
Como assustador, mas também apreciado…

Ó mar!
Aprecio-te por me fazeres sonhar, acreditar,
E também por me fazeres recordar…
Mas enquanto recordo, sofro.
Aprecio-te, é verdade.
Mas também te temo pelos sonhos que já me destruíste.

Oh mar! Que mal te fiz eu?!
Como posso eu apreciar-te,
Mas temer-te ao mesmo tempo?!

Meu querido mar,
Temo-te pelos boatos e críticas,
Mas aprecio-te pelas marés que me dás…
Oh ricas marés!
Quando tiraste o medo do meu tio,
Eu comecei a apreciar-te tanto!
Mas para além de tirares o medo do meu tio,
Tiraste-me a mim, o meu grande tio.



Ó mar…
Eu sei que existem várias marés,
Várias ondas…
Mas como pudeste tu, oh mar,
Cercar-me destes tubarões?!

Ó mar, Ó mar…
Eu agora apenas te temo.

Mar,
Agradeço-te por me teres feito flutuar,
Por me teres deixado observar-te e,
Agradeço-te ainda, pela alegria e paz que me deste.
Mas agora… Ó mar…
Agora eu afoguei-me nesta tua grande onda.
Talvez até te agradecerei por me teres afogado;
Assim que me reencontrar com o meu tio…

18 anos

É hoje.
É hoje que me torno adulta, mesmo sem saber exatamente o que isso significa.
Sei que faço 18 anos e que isso me permite uma data de coisas, mas também me traz muitas responsabilidades… Mas o que é isto? A minha idade muda, eu contínuo a crescer, mas de repente sou “adulta”? Irónico, sou adulta, mas não sei nada sobre a vida.
Já passei por várias situações complicadas e por vários problemas também… Agora que sou “adulta”, significa que vou saber lidar melhor com os meus problemas?! Ou, com as responsabilidades, vou ainda é ter mais problemas?! Se é isso, eu quero ser criança de novo, onde chorava por tudo e por nada, voltar àqueles momentos em que não sabia falar e muito menos tinha pedras no meu caminho… Porque bem, eu ainda não sabia andar, e sem me lembrar de nada e sem “saber pensar” acho que seria melhor.
No entanto, estou feliz, cheguei aos 18 anos sem imaginar as voltas que a minha vida iria dar até aqui, e muito menos sei o que ainda mais virá… Mas sei que estou feliz por ter chegado aqui, apesar de tudo, estou feliz porque tenho a idade à qual toda a gente quer chegar, mesmo sem saber o que aí vem.
Estou feliz porque sei que em 18 anos fui sempre aquilo que quis ser, e independentemente do que acham que sou, eu melhor que ninguém sei quem sou e por isso estou feliz.
Mais um ano, mais uma mudança, mas sempre com a mesma força para lutar pelos meus ideais e tentar derrubar todas as injustiças que me surgirem, pois agora sou adulta, mas não deixei a minha personalidade e o meu caráter nos 17.
Agora sou “adulta”, mas melhor que isso, ainda sou eu, desde o tempo em que eu própria nem sabia que existia.

"Amor escondido"

A tua voz,
O teu toque,
Tudo em ti
Tudo em mim ainda.

A tua presença,
Essa permanece aqui,
Mesmo que não queiras.
E mesmo que eu também tente,
A tua ausência é, ainda,
Uma presença em mim.

Lembrar-me de ti é fácil.
Esquecer-me dos maus momentos?
Isso também é fácil.
Mas esquecer-me de ti?! Foi a coisa mais difícil que me surgiu.
Quando sinto o sentimento morto,
É aí que algo surge,
Há sempre alguma coisa;
Uma palavra, um objeto, um cheiro,
Que me mostra que afinal não está morto.
Continuamos ligados, conectados
E essa conexão nunca vai morrer.
Por obra de Deus, por obra do destino,
Ou por obra de outra coisa qualquer,
Ou até por nós próprios,
Criámos uma ligação,
Que com mais ninguém vamos ter igual.

Posso tirar de perto de mim,
Tudo o que me lembre de ti,
Mas como fazer isso se tu estás em mim?!
Tu consegues retirar uma coisa do sítio,
Mas consegues retirar-me da tua cabeça?! Do teu coração?!
Sou uma pessoa que não desisto,
E se desistir, será porque assim quiseste,
Ou porque fizeste por isso.

Tu estás em mim,
E eu sei que eu também ainda aí estou,
Posso nem estar na tua cabeça,
Mas sei que estou no teu coração.

"Mais um ano Contigo"

Aqui estamos nós.
Pouco tempo falta,
Para no próximo ano estarmos.


Antes de chegarmos a esta noite,
À última noite deste ano,
Muitas pessoas estiveram presentes,
Muitas outras partiram…


De um ano para o outro,
Tudo muda,
Menos a presença de Jesus,
Em todas as nossas vidas.
Mas hoje,
Aqui, nós sabemos…
Nós sabemos,
Que apesar das más decisões,
Das idas e voltas,
Ou das idas sem retorno,
Este é o nosso destino,
Destino este, que ainda tem muito que se lhe diga…

Ao longo deste ano,
Já quase passado,
Sentimo-nos, muitas vezes, desamparados,
Sem esperança, sem força…
Houve pessoas que nos magoaram,
Outras que nem quiseram saber de nós…
Mas houve uma que nunca nos deixou sós,
Pôs-nos á prova,
Teve batalhas com o inimigo por causa de cada um de nós,
Fez-nos aprender com os erros…
Mas, sobretudo, indicou-nos o caminho certo…


Aqui, e agora,
Tudo Lhe agradecemos,
Pois nunca poderemos fazer por Ele,
O que Ele ainda hoje faz por nós.
Nunca seremos superiores a Ele,
Mas teremos sempre,
A nosso lado,
Seu filho,
E por isto,
Estamos todos gratos.

"Botão do amor"

O amor, á esse...
O amor é como um botão
Tanto liga como se desliga
Mas nem todos nele podem tocar,
Muito menos a própria pessoa,
É a outra pessoa que o aciona,
Ou então desativa.

O amor para além de um botão,
Só liga e também desliga,
Por uma só pessoa.

Pode nem durar 1 ano
Como pode durar 3 anos,
Ou até mesmo para sempre.

Somos humanos,
Não somos robots
Mas temos um botão que nos controla.

Este botão é acionado por outra pessoa,
Mas só com características que,
A cada um de nós nos atrai,
Ou então afasta...

“Sim, amei-te”

Foi no meu coração
Que apanhei a maior dor,
A dor que ainda, hoje, sinto…
A dor que não me deixa esquecer
Todos os bons momentos.

Os nossos momentos,
Só nossos…
Em que nossas almas
Em harmonia…
Em paixão…
Em desejo…

Mas agora só tenho esta dor,
Esta dor seca,
Que habita no meu coração,
Que um dia foi teu.

Agora que partiste,
Que partiste este meu coração,
Tentas recolher tudo,
Todos os pedaços,
Mas acho que não consegues,
Pois os pequenos desapareceram,
E os grandes são enormes.

Sim, amei-te!
Não o posso desmentir
Mas isso foi outrora,
Agora quero um coração livre
Para poder amar outra pessoa
Mas, não, como te amei a ti