Oh mar!
Oh mar… tão invejoso e tão cruel!
Tão invejoso e cruel,
Como assustador, mas também apreciado…
Ó mar!
Aprecio-te por me fazeres sonhar, acreditar,
E também por me fazeres recordar…
Mas enquanto recordo, sofro.
Aprecio-te, é verdade.
Mas também te temo pelos sonhos que já me destruíste.
Oh mar! Que mal te fiz eu?!
Como posso eu apreciar-te,
Mas temer-te ao mesmo tempo?!
Meu querido mar,
Temo-te pelos boatos e críticas,
Mas aprecio-te pelas marés que me dás…
Oh ricas marés!
Quando tiraste o medo do meu tio,
Eu comecei a apreciar-te tanto!
Mas para além de tirares o medo do meu tio,
Tiraste-me a mim, o meu grande tio.
Ó mar…
Eu sei que existem várias marés,
Várias ondas…
Mas como pudeste tu, oh mar,
Cercar-me destes tubarões?!
Ó mar, Ó mar…
Eu agora apenas te temo.
Mar,
Agradeço-te por me teres feito flutuar,
Por me teres deixado observar-te e,
Agradeço-te ainda, pela alegria e paz que me deste.
Mas agora… Ó mar…
Agora eu afoguei-me nesta tua grande onda.
Talvez até te agradecerei por me teres afogado;
Assim que me reencontrar com o meu tio…
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