segunda-feira, 28 de maio de 2018

Esperança Ou Falta De Coragem?

Hoje, dia 28 de Maio de 2018, faz 2 anos que partiste.
2 anos marcados pela solidão, pela ausência e pela saudade.

Vou-te ser sincera, mesmo que seja invulgar ou mesmo que seja julgada... Já não penso tanto na falta que me fazes, mesmo sabendo que é colossal. Acho que aprendi a lidar com a inexistência, com a tua ausência.
Aprendi ainda que para vivermos, temos de aprender a sobreviver primeiro. Já aprendi a sobreviver, viver não sei, tal como ainda não sei lidar com o arrependimento, com esta mágoa que em mim habita. Mas quem sabe? Talvez viver não passe disso mesmo, de um jogo de sobrevivência.

Queria-te por perto, queria que me visses a alcançar objetivos que dentro de mim tenho traçados, mas em vez disso, esta escuridão, na qual o meu coração ficou envolto, ofereceu-me de "mão beijada" a incapacidade de lutar por eles. Não te culpo por me teres provocado este abismo dentro de mim, aliás, foste "só" mais uma peça neste infindável puzzle, do qual penso que a última peça tenha sido roubada, aquela peça que quando encaixa todos pulam de felicidade... Mas seria esse o fim de um pesadelo ou apenas o início do meu descanso a teu lado? Não sei se é esperança por ainda pensar que este tormento poderá acabar ou apenas falta de coragem para encarar a realidade. Falta de coragem... Há exatamente 2 anos sofri muito devido a essa falta de bravura, ainda sofro, mas pela tua morte, e, talvez nisto encontre a minha resposta... Ainda tenho esperança; esperança para um dia marcar tão positivamente a vida de alguém como tu marcaste a minha. 

sábado, 26 de maio de 2018

Impossibilidades Do Passado

Vida = existência; período que decorre entre o nascimento e a morte.
Todos nós "temos vida", pensamos, ouvimos, escrevemos e respiramos, mas nem todos estamos realmente vivos. 
Por momentos deixei de pertencer a esse período a que se chama "vida", a minha alma abandonou aquilo que separa o nascimento da morte. 
Eu ainda existia, só não estava mais viva.

A vida não passa de uma corrida contra o tempo e, quando chegamos à meta, vemos o tempo que perdemos só a apertar as sapatilhas.
Eu por momentos deixei de pertencer a esse período a que se chama "vida", desisti dessa corrida, mas o meu tempo ainda não tinha acabado. Perdi tempo mas ganhei força.
O segundo em que escrevo é mais um segundo que perco, menos um segundo que vivo mas mais força que ganho.
Estamos constantemente a querer desistir e à procura de tempo e nem nos apercebemos.
Queremos viver mas não sabemos como, perdendo tempo no aquecimento. 
Queremos sorrir mas não aguentamos o choro que transborda do coração que já muito aguentou e que, infeliz, grita por querer chegar à meta.
O coração quer matar a própria dor, não a própria vida e assim, magoado, no fundo sensível, implora pelo fim e não querendo ser egoísta, vai sobrevivendo pela corrida dos amados.

Quantas vezes sonhamos ser aquilo que não éramos? Sendo por aquilo que lutávamos.
Quantas vezes quisemos viver o impossível? Impossível hoje, realidade amanhã.
Nós vivemos de impossíveis e de sonhos inalcançáveis. Mas esquecemo-nos que o hoje já foi um sonho, que já foi impossível. Esquecemo-nos que o futuro é nosso e o destino somos nós que o fazemos.
Aquilo que agora vemos nem sempre assim foi, e nem sempre assim será.
Muitas foram as vezes em que ouvi "nunca digas nunca", e achava eu que percebia o sentido, até que a impossibilidade de ontem se tornou a realidade de hoje.

Ser feliz não depende da vida, depende de nós.